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CCBB Rio recebe premiada exposição do chinês radicado em Berlim: Ai Weiwei – Raiz. E celebra seus 30 anos do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) no Rio de Janeiro (1989-2019)

WEI RAIZ CCBB

A maior mostra do artista chinês, e primeira realizada no Brasil, ocupará o centro cultural e o Paço Imperial a partir de 21 de agosto de 2019

O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB Rio) abre ao público Ai Weiwei ­– Raiz. Com projeto desenvolvido pelo curador por Marcello Dantas, a mostra faz parte da comemoração de 30 anos do centro cultural e reúne 60 obras do chinês radicado em Berlim, capital da Alemanha. Será a oportunidade de conhecer a história do brilhante artista por meio de seus trabalhos mais icônicos, além de sua produção desenvolvida a partir da imersão profunda pelo Brasil e suas tradições. A premiada montagem – eleita pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) a melhor mostra internacional de 2018 durante sua temporada na Oca, em São Paulo – já passou também pelo MON, em Curitiba, e pelo CCBB de Belo Horizonte. Em sua última parada, Ai Weiwei – Raiz vai ocupar o segundo andar, a rotunda e a área externa do CCBB Rio, além do Paço Imperial, entre 21 de agosto e 4 de novembro. A exposição é patrocinada pelo Banco do Brasil através da Lei de Incentivo a Cultura.

bicicletas

Um dos principais nomes da cena contemporânea mundial, Ai Weiwei é conhecido por realizar grandes instalações. Esse aspecto de sua produção ficará claro para o visitante antes mesmo de entrar no CCBB. Ambientada na área externa, em frente ao prédio histórico, o público encontrará Forever Bicycles (Bicicletas Forever). Composta por mais de mil bicicletas de aço inoxidável, a obra monumental é um ready-made do artista – ele se apropria desse objeto icônico da cultura chinesa, que foi o principal meio de transporte no país até recentemente. Para o artista que passou a infância em exílio com sua família durante a Revolução Cultural Chinesa, a bicicleta representava também a ideia de liberdade.

Outros três trabalhos que seguem o mesmo conceito estarão na rotunda do centro cultural. Grapes (Uvas) é uma instalação que une 32 bancos de madeira da Dinastia Qing, por meio de técnicas tradicionais de marcenaria chinesa. Já Martin e Level (Nível) fazem parte da série Seven Roots (Sete Raízes), criadas a partir de raízes encontradas desenterradas na região de Trancoso, com o objetivo de criar obras que unissem contextos culturais chineses e brasileiros. A imersão pelo país contou com a consultoria da designer Paula Dib e colocou o artista em contato com comunidades, artesãos, manifestações culturais e recursos regionais até então desconhecidos por ele, resultando em trabalhos inéditos, feitos com madeira, sementes, raízes, tecidos e couro.

Ai Weiwei se propôs a desvendar e absorver a cultura local e moldar objetos que representam a biodiversidade, a paisagem humana e a criatividade brasileira. É o caso do múltiplo formado por moldes em porcelana de quatro elementos tipicamente brasileiros que, com as iniciais de seus nomes, formam a palavra F.O.D.A: Fruta do Conde, Ostra, Dendê e Abacaxi. Esculturas de madeira à maneira dos Ex-votos feitos por artesãos de Juazeiro do Norte (CE), trabalhos com couro e o alfabeto armorial, de Ariano Suassuna, também fazem parte do conjunto de obras.

  • Reconhecimento internacional 

O artista deixou seu país de origem em 2015 e tornou-se uma verdadeira celebridade no mundo das artes. Ai Weiwei se destaca no cenário internacional pelo interesse que demonstra por questões sociais e humanas, como a crise mundial de imigração. O tema recorrente em sua produção estará presente na mostra com Law of the Journey – Prototype B (Lei da Viagem – Protótipo B), que foi concebido após uma temporada na ilha grega de Lesbos, uma das principais entradas para a União Europeia. A obra consiste em um barco inflável de 16 metros de comprimento com figuras humanas feitas de PVC reforçado e ficará exposta no Paço Imperial junto com outros 14 trabalhos.

Ai Weiwei também é conhecido por tensionar o mundo contemporâneo e os modos tradicionais chineses de pensamento. Sua obra-prima, Dropping a Han Dynasty Urn (Deixando cair uma urna da dinastia Han), mostra o jovem artista derrubando intencionalmente uma urna cerimonial de cerca de 2.000 anos, da Dinastia Han, período da história da civilização chinesa. A ação subversiva e transformadora foi captada e convertida em três imagens que vêm sendo expostas em mostras por todo o mundo. A versão em peças de Lego é a que será exibida no Brasil.

Outras obras históricas conhecidas mundialmente também estarão em Ai Weiwei – Raiz. Sunflower Seeds (Sementes de Girassol) é um trabalho composto por milhões de ‘sementes de girassol’ de porcelana pintadas à mão por artesãos chineses, levantando a questão da produção em massa e perda da individualidade. Em Panda to Panda (Panda a Panda), o artista e o ativista Jacob Appelbaum recheiam vinte ursos de pelúcia com documentos confidenciais vazados pelo analista de sistemas Edward Snowden. Dentro de cada panda, há ainda um dispositivo USB com um cartão de memória micro-SD, que contém o backup desses documentos confidenciais. Completa a mostra Moon Chest (Cofre de Lua), uma série de baús que apresentam as quatro fases da lua aos visitantes que atravessam a instalação. 

  • CCBB 30 anos no Rio de Janeiro (1989-2019)

Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o Centro Cultural Banco do Brasil celebra 30 anos de atuação com mais de 50 milhões de visitas. Instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, o CCBB é um marco da revitalização do centro histórico do Rio de Janeiro e mantém uma programação plural, regular, acessível e de qualidade. Mais de três mil projetos já foram oferecidos ao público nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento.  Desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio de Janeiro entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. Agente fomentador da arte e da cultura brasileira segue em compromisso permanente com a formação de plateias, incentivando o público a prestigiar o novo e promovendo, também, nomes da arte mundial.

  • Serviço: 

 Exposição do artista chines radicado em Berlim: Ai Weiwei – Raiz

Data: De 21 de agosto a 4 de novembro de 2019

CCBB Rio

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro

Horários e dias: De quarta a segunda, das 9 às 21h

Informações para o público: +55 21 3808-2020

E-mail: ccbbrio@bb.com.br

Portal: www.culturabancodobrasil.com.br

Fonte: CCBB

por Cláudio Barbosa

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